Após concorrência que, segundo o mercado, teria contado com oito agências, a Pernambucanas escolheu a Artplan como a nova responsável pela sua comunicação on e off.
Em outubro último, tornou-se público que havia terminado a relação de onze anos da empresa com a Wunderman Thompson, e o cliente começava a convidar agências para apresentarem propostas, entre elas a Artplan, a DPZ&T e a F.biz. A WT, inclusive, não estaria participando.
A agência já assume a conta para as campanhas a serem lançadas em dezembro deste ano. Mas o cliente, que desde setembro de 2021 tem Flavia Altheman como diretora de marketing, adianta que manterá sua equipe interna de comunicação e marketing para atuar integrada com a Artplan.
Apesar de, naqueles 11 anos, ter a Wunderman Thompson como sua agência, a Pernambucanas tinha relação com outros players. Em janeiro de 2020, a Repense comemorou a conquista da conta da varejista para a área de CRM.
Um pouco de história
Consultando o histórico da Janela, vemos que Pernambucanas já foi um tradicional anunciante do Rio de Janeiro, atendida pela MPM nos anos 1980.
Em meados daquela década, apesar de seu diretor de marketing Romildo Peçanha garantir que ela não abriria uma house, ela abriu, a Deck, tendo como diretor de criação Wander Cairo Levy. Até que, em 1989, toda a equipe da agência saiu e fundou a UP, com a conta do varejo.
A Pernambucanas sempre foi considerada rebelde em relação aos padrões publicitários. Comentava-se, na época, que a empresa se recusava a seguir as normas de pagar 20% de honorários de veiculação a suas agências.
Em 1995, ano que a Pernambucanas chegou a passar por um processo de concordata, a conta foi parar na Mental Mark, agência de Valter “Falcon” Vicente.
Em 1996, Falcon não segurou a conta, que foi para a V&S, de Valdir Siqueira e Lula Vieira.